Obrázky na stránke
PDF
ePub

RESPONDE A SOMBRA DE ARCHITAS.

Morreo tambem o commensal dos Deoses
Pai de Pélope, e aos Ceos levado Tithon,
E aos arcanos de Jove alçado Minos:
E Panthoïde já por duas vezes

Mandado ao Orco os Tártaros possuem;
Bem que attestando co' arrancado escudo
Troyanos tempos, nada mais cedera

A' negra morte, do que a pelle e os nervos,

O MARINHEIRO,

Por certo, que este foi no teu conceito
Da Natura grão Mestre, e da verdade.

A SOMBRA DE ARCHITA S,

Porém huma só noite espera a todos;

Da morte a estrada ha de trilhar-se hum' hora.
Dão as Furias a huns por scena horrivel
Ao torvo Marte; aos nautas sepultura

[ocr errors]

Mixta senum ac juvenum densentur funera: nullum
Saeva caput Proserpina fugit.

Me quoque devexi rapidus comes Orionis
Illyricis Notus obruit undis.

At tu, nauta, vagae ne parce malignus arenae
Ossibus et capiti inhumato

Particulam dare. sic, quodcumque minabitur Eurus
Fluctibus Hesperiis, Venusinae
Plectantur silvae, te sospite; multaque merces,
Unde potest, tibi defluat aequo

Ab Jove, Neptunoque sacri custode Tarenti.
Negligis inmeritis nocituram

Postmodo te natis fraudem committere forsan? (3)
Debita jura, vicesque superbae

Te maneant ipsum: precibus non linquar inultis;
Teque piacula nulla resolvent.

Quamquam festinas, non est mora longa; licebit
Injecto ter pulvere curras.

(3) Julgamos, que deviamos fechar em Forsan ò sentido da oração Negligis committere, referindo-o para ella, e não para a seguinte Debita jura; no que seguimos a Vander Beken, que assim achou nos Mss. que consultou, e tambem a Sanadon, que accrescentou razões de receber. Bentlei e Cuningam lêm em lugar de Forsan, Fors et.

He o ávido mar: funeraes mixtos
De velhos e de moços se amontoão :
Ninguem á seva Proserpina escapa.
No Illyrico mar me afundou Noto,
Rapido socio do inclinado Orion.

Mas maligno não negues dar-me, ó Nauta,
Aos insepultos ossos, e á cabeça

Porção de vaga areia: assim os bosques
Venusios paguem, quanto o Euro ameaça
No mar Hesperio, e sejas salvo; e donde
Cumpre, grão lucro te dê justo Jove,
E da sacra Tarento o Deos Neptuno.
Hum crime acaso commetter não temes,
Nocivo a teus immeritos vindouros?
Justiça igual te venha, e rica paga:
Não ficarão inultas minhas preces :
Nenhuma expiação salvar-te póde.

Ah! bem que vás depressa, a mora (b) he breve ;
Lança tres vezes pó, e segue a rota.

:

(b) Mora não só na linguagem Juridica, mas na e Poetica: Camões nos Lusiadas Cant. IX.

commum,

Est. 73.

ODE XXVI.

A D ICCIU M.

Icei, beatis nunc Arabum invides

Gazis; et acrem militiam paras
Non ante devictis Sabaeae

Regibus, horribilique Medo

Nectis catenas. quae tibi virginum,
Sponso necato, barbara serviet ?.
Puer quis ex aula capillis

Ad cyathum statuetur unctis,

Doctus sagittas tendere Sericas
Arcu paterno? quis neget arduis

Pronos relabi posse rivos

Montibus, ac Tiberim reverti;

Cum tu coëmtos undique nobilis

Libros Panaeti, Socraticam et domum.

Mutare loricis Iberis,

Pollicitus meliora, tendis?

ODE XXVI.

A ICCI O.

[ocr errors]

S ditosos thesouros dos Arabios

Invejas, Iccio, agora; e de Sabĉa
Aos d'antes não vencidos Reis preparas
Guerra cruel, e ao Medo

Horrendo urdes cadeas. Morto o esposo," Qual te ha de servir, barbara virgem? Qual moço cortezão, ungida a trança, Ha de ser teu copeiro,

Perito em disparar Sericas frechas

Do arco paternal? Declives rios

Quem nega aos arduos montes tornar possão, E atrás voltar o Tibre;

Se a Socratica escóla, e os nobres livros

De Panecio, d'aqui d' ali comprados

Quando mór cousa promettias, trocas

Por Ibéras couraças?

[ocr errors]
« PredošláPokračovať »