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ODE VIII.

A LYDI A.

O'Lydi

Lydia, dize, pelos Deoses todos Te rogo, porque a Sybaris te apressas Perder com teus amores?

Porque aborrece o campo descuberto, Affeito ao pó e ao sol? Porque Soldado C'os iguaes não cavalga,

Nem c'os dentados freios doma as bocas Gallezas? Porque teme o flavo Tybre Tocar? E porque cauto

Mais que o vipereo sangue, o oleo evita ? Nem traz os braços já das armas rôxos, Illustre arremessando

Ora o disco, ora o dardo além da méta? Porque se encobre, como o filho, dizem, Fez da marinha Thetis,

Quid latet, ut marinae...

Filium dicunt Thetidos sub lacrimosa Trojae

Funera, ne virilis

Cultus in caedem et Lycias proriperet catervas ?

Perto dos lacrimosos fins de Proya; Porque o traje viril o não lançasse

A' morte, e ás Lycias tropas? (a)

(a) Sivry entende, que esta Ode he cópia de alguma de Alcman, Poeta Grego, que como Asiatico, e Meonio, e descendente dos antigos auxiliadores de Troya, a cuja frente marcharão os Lycios, que aqui se figurão por to dos os Alliados daquelle Reino, por jactancia nacional quizera representar Achilles como inerte, que se disfarçára em traje de mulher, por se não medir com os Lycios, e se expór á morte; `e neste sentido fizemos a traducção.

ODE IX.

A D THALIARCHU M.

VIdes, ut alta stet nive candidum

Soracte, nec jam sustineant onus
Sylvae laborantes, geluque

Flumina constiterint acuto? (1)

Dissolve frigus, ligna super foco
Large reponens ; atque benignius
Deprome quadrimum Salina,

O' Thaliarche, merum diota.

Permitte Divis caetera: qui simul
Stravere ventos aequore fervido

Deproeliantis, nec cupressi

Nec veteres agitantur orni.

(1) Tem aqui nota de interrogação as Edições de Lambino, de Fabricio, e de Xilandro, e as Venezianas de 1490. e 1498, e outras muitas.

ODE IX.

AO THALIARCH O.

V

A

Es como está com alta neve o branco

Soracte, nem o pezo já sustentão
Os opprimidos bosques, e parárão
Co' agudo gêlo os rios?

Descoalha o frio, largamente pondo
No lar os lenhos; e o quadrimo vinho
Com mais franqueza da Sabina talha,
O' Thaliarcho, tira. (a)

Deixa aos Deoses o mais: que tanto que elles
Os ventos, que no mar fervido luctão,
Derrubárão, nem vergão os cyprestes,
Nem os idosos freixos.

(a) Thaliarcho: nome, não proprio, como se tèm entendido vulgarmente, mas de officio ou ministerio ; que quer dizer: Mestre, ou Intendente da Meza, Inspector do Banquete, segundo já notára Turnebo: Horacio o trasladou do Grego para a Lingua Latina; nós ouzamos trazello da Latina para a nossa, que muito necessita deste genero de palavras.

e

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